domingo, 28 de outubro de 2007

Sinto-me doente

Sinto-me doente.
Sinto-me doente
ao ponto de não conseguir explicar o que sinto.
Tenho algo que me incomoda constantemente:
não é dor, não chega a má disposição, não é nada. Minto.

Tenho de ir ao médico, estou preocupado.
Sinto-me doente, não me sinto bem.
Tenho de saber o que me tem alterado
a boa disposição, o estômago, o fígado, não sei...

Sinto facadas nos pulmões, aperta-se-me o coração.
"Trago a noite no meu peito", racha-se o meu crânio.
Deliro num arrepio. Inverno eterno, não sinto o Verão.
Intoxicando ao ritmo da música, esta mata-me como o pobre Urânio.

Já não sei o que digo, as palavras são flashes de memórias.
Balbuciando que nunca amei, que sou pedra.
Espero não morrer, sou novo e faltam-me histórias,
vive ao máximo e morre jovem não é a minha regra.

O mundo à minha volta torna-se negro,
fecho os olhos e tombo na poluição.
Choro, dentro do meu olhar cego,
e logo acordo. Não morri, não.

Mas sinto-me doente,
Sinto-me doente
ao ponto de não conseguir explicar o que sint

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