domingo, 2 de março de 2008

Sabes-me sempre a pouco

Sabes-me sempre a pouco.
Deixas nestes lábios um
Doce gosto a saudade,
Sempre um desejo renascido.

Assim me encontro no desespero
Do tempo que não passa
Quando me deixas só,
Dos dias todos iguais,
Do vagaroso arrastar
De um tempo que troça.

Sabes-me sempre a pouco.
O teu toque deixa um
Amargo sabor a lonjura,
À constante espera de mais.

Assim desespero num tempo
Que teima em correr se te tenho,
De um tempo sempre fugaz
Quando enfim te abraço,
Quando te seguro bem perto,
Quando me sabes a tudo.

Ana Cardoso Santos

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