terça-feira, 27 de novembro de 2007

When you go

When you go,
If you go,
And I should want to die,
There’s nothing I’d be saved by
More than the time
You fell asleep in my arms
In a trust so gentle
I let the darkening room
Drink up the evening, till
Rest, or the new rain
Lightly roused you awake.
I asked if you hear the rain in your dream
And half dreaming still you only said, I love you.


Edwin Morgan

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Imagination

Today I find myself
Losing all of my remaining sanity.

Today you stand in front of me,
But when I try to reach you,
You vanish right before my eyes,
Just like a mirage.

Today I ask myself
A very important question:
Were you really there?

Have you always been there,
Right in front of me,
Somehow not being able to see you?
And when I was finally capable to do so,
Had you already disappeared,
And all that lingered was your light,
Just like a star.

Or…
Did I just make you up
Desperately trying to fill
The emptiness on my heart?

Were you for real
Or simply my imagination?


Cátia Ribeiro

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Motionless

There you are,
Right beside me.

I can hear you
Calling my name,
I can feel your fingers,
Your soft touch, on my face.

But still I make no move.
I hear you crying out my name,
Over and over,
Needing my attention.

I’m falling.
My mind is going somewhere
You can’t go to.

You try to grab me,
And still I slip away,
Like the wave slips
From the hand of a child
Who desperately tries to grab it.


Cátia Ribeiro

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Os Novos Avatares

E foi assim que tudo morreu. Quando soube que o mundo era uma grande descrença e uma grande desistência. Para acreditarmos em algo, descremos de outra coisa e para ter qualquer coisa, abdicamos sempre de outra. Quem mo disse foi Hitler, o último avatar... Ups, perdão... o pai natal. O pai natal confirmou-me que Deus não existia e que era ele o Messias salvador do mundo. Mas entretanto, meteu-se a igreja ao barulho a dizer que não o reconhecia como tal. E como também admitiram que Deus já estava um bocadinho fora de moda decidiram reconhecer antes o senhor Krishna como novo ser supremo. Só que o papa, analisando bem aquela jogada entendeu que se calhar jogava melhor se decidisse escolher um novo ser supremo, mas terrestre. Então escolheu Bush, quem mais se não ele?
O pai natal, coitado, voltou a trabalhar para a Coca-cola. Bush está convencido de que é o novo Deus e tem que acabar com os problemas do mundo. E eu estou convencido que o pai natal tinha estofo para ser Deus, porque é caridoso e justo: Prendas para os meninos bem comportados, nada para os que se portam mal.
Agora toda a gente quer ser Deus mas ninguém tem estofo para isso. Por isso, as pessoas fizeram como dizia a música e cada um tem o seu Deus pessoal. "Cada um é que escolhe em quem acredita!". Ser Deus está na moda há dois mil anos e é muito fácil.
Quanto a mim: O Deísmo não foi uma moda do século das luzes.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Viagem a Sintra

Bem, hoje durante mais tarde desocupada na FLUL, recebi um convite para ir a Sintra. A princípio tenho de admitir que estava um pouco relutante em aceitar tal convite, até porque não podia faltar às aulas.... mas lá me convenci a ir (como boa aluna que sou tinha de faltar a aula :P)
A viagem de carro foi tranquila. Não me lembrava da última vez que tinha ido a Sintra, algo que me entusiasmou ainda mais.
Mas não esperava nada do que vi. Sintra é, definitavamente, um dos sítios mais bonitos que já visitei no nosso pequeno país banhado pelo Oceano Atlântico. Ao ver os palácios, a serra, tudo isso me inspirou, me levantou a moral, fez com que a minha tristeza se dissipasse, mesmo que por breves instantes.
A praia é linda, o mar acalmou-me o espírito, e todas as barbaridades ditas pelos que me acompanhavam fizeram com que esta tarde fosse das tardes mais divertidas que tive em algumas semanas.
Tenho de confessar que parte de mim não queria ir-se embora de Sintra e agora anseio por outra visita...

Divagação

Que hei-de eu dizer? Como hei-de eu agir? E se eu disser que a minha vida está virada do avesso, que já não me conheço, que me tornei numa pessoa frustrada, estarei a ser demasiado dramática? Porque razão estou eu preocupada com o que os outros pensam? Não passam de meros pensamentos, o problema é quando os pensamentos se manifestam através de palavras, de actos… aí sim temos um problema, mas problema maior é quando não deixamos que esses pensamentos ganhem vida. Isolamo-nos de tudo e de todos, não somos nós mesmos, não tiramos o devido proveito da vida.
Se há palavras que magoam ao ser ouvidas, as que mais magoam são as que ficam por dizer, as que nos martelam na cabeça por não terem sido ditas e nos corroem a alma. E nego o que sinto… não é correcto senti-lo, jamais poderá ser sentido, jamais!!! E continuo a negar o que sinto… E nego todo este desejo físico que jamais pensei poder ser negado e que jamais deveria ter negado e que por razão que desconheço continuo a negar. E porque não consigo contrariar esta força que me leva a negar tudo o que não deve ser negado, a mágoa e a angústia apoderam-se de mim a cada pensamento, a cada decisão, a cada palavra, a cada acto, que me poderá trazer a felicidade… Fod****!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Caras



Uma, duas, três caras conhecidas
Conheço-as! Conhecem-me?
Por detrás das mascaras
Como serão as caras escondidas?
Entristecem-me, desiludem-me
Estas minhas caras caras.

Mas caros amigos, não se vão.
(Em vão) falem com elas!
Mas elas não vos escutam.
Com pouca inteligência elas se denunciam,
Podem conhecê-las, mas não ama-las.
Pois elas não vos escutam.

Uma, duas, três caras conhecidas,
Adivinhas mas não sábias.
Cansei-me delas, matei-as.
Caras infinitas, perdidas
No mundano, no insano, coisas secundárias...
Matei-as nas teias do pensamento, esqueci-as.
Imaginam isso? Encarar caras infinitas, esquecidas.


Eduardo Rilhas

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

do you know when you make big plans for something and you start making these plans years before the event actually happens and then in a matter of seconds, only a few days earlier, something happens that you just couldn't prevent or even see it coming?
what then? how can you fight it?
where can you find the strength to fight against it when you're already fighting against a million other things?
where? is there a place where al people can go to find strength? is there such a place?
i can't fight another battle! i've lost all my strength somewhere along the way!
i'm letting go....

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O significado das coisas



Vem sentar-te ao pé de mim.
Quero sussurrar-te ao ouvido
o significado das coisas,
o significado dos sinais.

Olha, sabes o que significa
não poder estar sem te sentir?
Sim, eu sei que isto é um lugar comum
mas é em comum contigo que quero estar.
No mesmo lugar que tu,
a ter calor vindo de ti,
a teres calor vindo de mim...
Deita-te comigo. Quietos.

Olha, sabes o que significa
não poder estar sem:
uma lista infindável de verbos
que implicam os mesmos dois sujeitos?

Sabes o que significa não poder
subsistir sem ti?...

Sabes o que é não poder rir
quando te arrepias
por te respirar ao ouvido?

Sabes o que é ir em silêncio
no carro, já sentindo saudades
quando ainda estás junto a mim?
(imagina o último beijo,
quando te deixo ao portão de casa).

Olha, sabes o que é escrever e reescrever
cem vezes um poema?...
Tudo porque nunca está à tua altura.

Sabes o que é estar desconsertado
e gostar do concerto, da melodia
que se toca no meu coração?

Isso tudo é o mesmo do que
passar-te a mão pela cara,
(linguagem gestual),
numa tentativa de silenciar
algo que quero gritar bem alto!

Mas tenho medo.
Fico nervoso.
Estou sempre nervoso.
Bem, tu sabes.
Tu sabes-me.
E apoias-me.
E fazes tudo por mim.
E choras, mas eu faço-te rir.
E és perfeita.

Isso tudo é o mesmo do que
passares-me a mão pela cara,
(linguagem gestual),
numa tentativa de silenciar
algo que queres gritar bem alto!
e
isso tudo é o mesmo do que
passar-te a mão pela cara,
(linguagem gestual),
numa tentativa de silenciar
algo que quero gritar bem alto!

Tu sabes o que é isso tudo.
Tu sabes o significado das coisas.
Nós somos isso tudo,
nós somos o significado das coisas.


Eduardo Rilhas

Foto: Gonçalo Gameiro
Ps: peço desculpa aos modelos mas a foto era boa demais para não aproveitar.