quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ao Mar

Acalma-te, Mar furioso,
que a Caravela só avança
quando vier a bonança.
Deixa navegar o português curioso...

Acalma-te, Mar irado,
que o Cruzeiro só avança
quando houver segurança.
Deixa navegar o português enamorado...

Acalma-te, Mar selvagem,
que o Marinheiro só avança
quando tiver confiança.
Abre o coração para o português sedento de viagem...

Mar, não me engulas com o mundo
no dia do julgamento final,
pois sabes que me és tudo.
E até porque afinal:

Quando reparamos em quem queremos,
Já, quem tínhamos, não temos
e não adianta (sequer) lamentar
que perdemos, com quem queríamos ficar.
Sim, Mar?

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